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Não sou uma árvore seca
O
que posso eu fazer com uma asa quebrada,
Que
me não deixa voar?
Em
silêncio estou eu há muito tempo,
Mas
jamais esqueci a canção.
Sussurro
a cada instante
A
melodia do meu coração.
Recordo
a mim mesma o dia
Em
que hei de libertar-me desta prisão,
Voar
deste desamparo,
Para
ser sacudida pela aragem
E
poder cantar com vontade.
Não
sou uma árvore seca
Para
ser varrida e pisada e esmagada por aí.
Sou
um ser humano, uma filha, uma irmã, uma tia,
Mas
acima de todas as coisas sou mãe,
Mãe
de filhos maravilhosos, mãe de um neto.
E
se não é me permitido exprimir-me,
Se
me não deixam caminhar ou respirar ou viver em paz,
O
único sentido é chorar.