segunda-feira, 9 de maio de 2016

NÃO SOU UMA ÁRVORE SECA

Foto tirada daqui









Não sou uma árvore seca

O que posso eu fazer com uma asa quebrada,
Que me não deixa voar?
Em silêncio estou eu há muito tempo,
Mas jamais esqueci a canção.
Sussurro a cada instante
A melodia do meu coração.
Recordo a mim mesma o dia
Em que hei de libertar-me desta prisão,
Voar deste desamparo,
Para ser sacudida pela aragem
E poder cantar com vontade.
Não sou uma árvore seca
Para ser varrida e pisada e esmagada por aí.

Sou um ser humano, uma filha, uma irmã, uma tia,
Mas acima de todas as coisas sou mãe,
Mãe de filhos maravilhosos, mãe de um neto.

E se não é me permitido exprimir-me,
Se me não deixam caminhar ou respirar ou viver em paz,
O único sentido é chorar.

Theresa Wilhelmina Azevedo Candeias